quarta-feira, 28 de março de 2012

Reflexão sobre o Domingo de Ramos...


   Depois de muitos séculos, percebemos que no mundo não existe paz e, menos ainda, em Jerusalém. Há guerras em demasia: mortes, violência, atentados, destruição, descaso na saúde pública, etc. Ansiamos constantemente pela paz, mas a paz não vem. Terá sido o sonho de Jesus algo impossível? Somos, nós cristãos, que celebramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, os autênticos cativos da esperança?

   Jesus quer acompanhar junto à casa de Deus. Faz do templo de Jerusalém o centro de sua última missão; quer tomar posse do templo como rei vitorioso e humilde, quer proclamar a paz a todas as nações e derrubar todas as muralhas de separação e todas as causas de confronto.

   Jesus entra em Jerusalém com a dignidade imensa de rei da paz, do rei humilde, sem cavalaria e espadas, portanto, não violento. O povo o compreende e deita seus ramos para acolher aquele vem. O povo o aclama sem medo: Filho de Davi! Aquele que vem em nome do Senhor!

   Deveríamos imaginar o entusiasmo e a paixão daquelas pessoas que encontraram em Jesus a reposta de Deus as suas lamentações e medos, as suas esperanças. Mas o povo não percebeu a gravidade daquilo que fazia. Um entusiasmo cego se apoderou das pessoas. Entraram em Jerusalém sem o menor respeito humano, proclamando a graça definitiva de Deus sobre a cidade.

   Entretanto, aquilo que parecia o gesto pacífico e pacificador por excelência transformou-se no estopim da pior das ações violentas: a condenação à morte, e morte de cruz, do Rei da Paz, Jesus.

Texto: Pároco Pe. José Luiz Sauer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário