sábado, 22 de fevereiro de 2014

O Papa Francisco e a Confissão.

Na Catequese da última quarta-feira (19), Papa Francisco deu continuidade ao ensinamento sobre os Sacramentos e falou sobre a Reconciliação.

Com o tempo, a celebração do Sacramento da reconciliação passou de uma forma pública - porque, no início, se realizava publicamente – à pessoal, à forma reservada da Confissão. No entanto, isso não deve nos fazer perder a matriz eclesial, que é o contexto vital. De fato, a comunidade cristã é o lugar onde se torna presente o Espírito, que renova os nossos corações no amor de Deus e faz com que todos os irmãos sejam um em Cristo Jesus. Este é o motivo pelo qual não basta pedir perdão ao Senhor na própria mente e em seu coração, mas você precisa de confiança e humildemente confessar seus pecados a um ministro da Igreja. Na celebração deste Sacramento, o sacerdote não apenas representa Deus, mas toda a comunidade, que reconhece a fragilidade de cada um dos seus membros, que ouve o seu arrependimento sincero, que se reconcilia com ele, que o anima e o acompanha na jornada de conversão e maturidade humana e cristã. Alguém pode dizer: Eu confesso somente a Deus. Sim, você pode dizer a Deus: “Perdoe-me”, e dizer a seus pecados, mas os pecados também são contra os irmãos, contra a Igreja. Para isso, você precisa pedir perdão para a igreja, os irmãos, na pessoa do sacerdote. “Mas padre, eu tenho vergonha...”. Também a vergonha é boa, é saudável ter um pouco de vergonha, porque envergonhar-se é saudável. Quando uma pessoa não tem vergonha, no meu país, dizemos que é um "sem-vergonha", um “sin verguenza”. Mas a vergonha é boa, porque nos faz mais humildes, e o sacerdote recebe com amor e ternura esta confissão e perdoa em nome de Deus. Mesmo de um ponto de vista humano, para desabafar, é bom falar com seu irmão e dizer ao sacerdote estas coisas que são tão pesadas ao coração. E assim sente-se aliviado diante de Deus, com a Igreja, com o seu irmão. Não tenha medo da confissão! Quando se está na fila para a confissão, sente-se todas estas coisas, até mesmo vergonha, mas depois, quando se termina a Confissão a pessoa sai livre, grande, bonita, perdoada, purificada, feliz. E esta é a beleza da confissão! Eu gostaria de perguntar-lhe - mas não diga em voz alta, todos respondam em seu coração - quando foi a última vez que você se confessou? Cada um pense... Eu acho que dois dias, duas semanas, dois anos, 20 anos, 40 anos? Cada um faça as contas e diga-se a si mesmo: quando foi a última vez que fui à confissão? E se faz um longo tempo, não perca mais um dia, vá, que o padre vai ser bom. É Jesus ali, e Jesus é o melhor dos sacerdotes, Jesus te recebe, te recebe com muito amor. Seja corajoso e vá à confissão!

Papa Francisco.






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